BALDIM.

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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

RESPOSTA DE SONINHA PARA TON


Ônibus da Empresa Irmãos Rosa
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COMO ACONTECIAM AS ROMARIAS DO JONAS
 Oi Ton , desculpe a demora. Realmente tornei-me fã do blog, instrumento com o qual, temos acesso à tudo que acontece na cidade natal, mesmo estando ausente. Parabéns à vocês! Como o principal objetivo do blog é narrar fatos, histórias, pessoas da cidade, vou relatar um pouco da trajetória de papa, um homem que gostava muito de Baldim. Nos seus planos, estava o retorno para a cidade, infelizmente foi feita a vontade de Deus e não a sua, porém, Baldim foi a sua última morada. Jonas Martins Carvalho, natural de Santana do Pirapama, viúvo (com uma filha) casou-se com minha mãe Dorvalina, natural do João da Costa, da família dos Sena, sobrinha da dindinha Juca (a vó materna do Ton). Eles tiveram 09 filhos (05 mulheres 04 homems). Ele era dono da CASA DE FERRAGENS, que ficava ao lado do bar do seu Geraldo Barbosa (avô paterno do Ton); e o cinema ficava nos fundos.Trabalhava também como miçangueiro, juntamente com Zezinho Soares, amigos e compadres. Era um homem simples, honesto, rigoroso  mas, muito cuidadoso com a família. Muitíssimo religioso, auxiliava o Padre Raimundo nas arrecadações das festas (enquanto ele contava as moedas, ninguém podia chegar perto). Sua única diversão era jogar truco com Sr.Quinzinho Bastos, seus filhos, Chiquinho e Tavinho, João do Padre, Zezinho Soares e outros, sempre tinha hora para terminar.Chamado por alguns de Joninha, por ser baixinho (sua estatura era de 1,55m, igual a minha), mas, como tamanho não é documento, como diz o ditado popular, sempre foi muito respeitado. Através do Padre Raimundo, que foi à Aparecida, na época conhecer a imagem de Nossa Aparecida, ele entusiasmou-se e iniciou assim a organizar romarias no início da década de 60. Iam pessoas de outros municípios e distritos vizinhos. Era sempre no mês de Julho, na véspera das viagens,  a nossa casa vivia cheia, pois, muitas pessoas dormiam, outras chegavam de madrugada para pegarem o ônibus que pertencia à Empresa Ribeiro, dos irmãos Ribeiro ( Nelson, Nedir, Doca), naquela época, a viagem durava umas 18 horas. Não podemos esquecer do seu Zé de Sotão, o padeiro, ele fazia sacos de biscoitos de polvilho, biscoito fofo (que ficou na saudade), para servir na viagem. Papai também fazia especiais para Conceição do Serro e Curvelo, pois, era devoto de S. Geraldo (depois de Nossa S. Aparecida). Em 1976 mudamos para Sete Lagoas, contra a vontade de todos (inclusive a dele, mas, fazia-se necessário, pois, família numerosa em cidade pequena, com poucos recursos, principalmente na educação, não seria nada fácil). Mesmo assim, ele continuou com o especial para Aparecida. Recordo-me Ton, do ano em que você veio com a dindinha Juca, para ficar aqui em casa, pois, desde Baldim, todas as vezes que mamãe ia junto com ele, era ela quem ficava com a gente. Quando papai confiava em alguém, confiava mesmo. A última viagem que ele organizou foi em abril de 1995, pois, no dia 08 de junho, ele veio a falecer; sendo que já estava planejando e organizando a próxima viagem para o mês de julho. Cremos que ele foi em um momento de paz, pois, alguns dias antes (pouco depois da morte de José Antonino) a qual ele demonstrou muita tristeza, ele disse que, se Deus o levasse naquele instante, iria satisfeito, pois, havia cumprido o seu dever de pai de família: os filhos criados e independentes. Sonia e família.




TRAVESSURA
Oi Soninha, muito bom ver sua resposta! Que saudade daqueles dias, ao ler me lembrei de uma travessura no dia em que estávamos indo para sua casa, eu muito alegre porque ia "viajar" láááá pra Sete Lagoas, tinha mais de um especial naquela data, fiquei entrando em todos os ônibus e sei que desapareci um pouco das vistas da minha vó, e desci do ônibus e voltei em casa, quando minha vò imaginou que eu havia partido em um dos especiais que saiu primeiro, arrumou um chororô, só, quase que eu apanho da minha mãe. Tenho certeza que vc deve ter muitos mais casos pra contar e venha enriquecer o blog cada vez mais. Obrigado! Ton
Por Anônimo em RESPOSTA DE SONINHA PARA TON em 12/10/11



ENTRANDO NA CONVERSA...
Oi Soninha, esperamos que este seja o primeiro de uma série de causos que você tem para nos contar daquele tempo. Estamos deixando aqui um registro das histórias daquele tempo e de hoje também, para que não se percam no esquecimento. Vale qualquer assunto, imagino quantos romances começaram ou terminaram nestas viagens, quantas travessuras inocentes ou não, aconteceram, como a do Ton. Vamos escrever juntos a história de Baldim, uma historia cheia de historinhas. Ione, editora do Blog.

Um comentário:

  1. Oi Soninha, muito bom ver sua resposta! Que saudade daqueles dias, ao ler me lembrei de uma travessura no dia em que estávamos indo para sua casa, eu muito alegre porque ia "viajar" láááá pra Sete Lagoas, tinha mais de um especial naquela data, fiquei entrando em todos os ônibus e sei que desapareci um pouco das vistas da minha vó, e desci do ônibus e voltei em casa, quando minha vò imaginou que eu havia partido em um dos especiais que saiu primeiro, arrumou um chororô, só, quase que eu apanho da minha mãe. Tenho certeza que vc deve ter muitos mais casos pra contar e venha enriquecer o blog cada vez mais. Obrigado!
    Ton

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