BALDIM.

BALDIM.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

GENTE DIVERTIDA

 Baldim
Foto by Ione

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ESSA É DO ZECA DO CARTÓRIO
O Cartório de Registros de Baldim é uma tradição na cidade e um referencial em frente a praça centraL. A piada clássica que quebra o protocolo do ritual dos casamentos "no civil" parte do bom humor da família Reis, na pessoa do famoso, Zeca do Cartório. Ele sempre pergunta aos noivos se eles querem fazer o registro do casamento " á lápis" pois, se o casamento não der certo, ficará mais fácil de desmanchar, é só usar uma borracha.

ESSA ACONTECEU EM BRASÍLIA
Em uma reunião de Prefeitos em Brasília, após um dia cheio de encontros, entrevistas, restaurantes, um Prefeito do interior de Minas chega na recepção do hotel que está hospedado e o recepcionista pergunta:
__ O senhor gostaria de tomar uma sauna?
__Ah, não, obrigado, hoje num dá pra beber nem comer mais nada...
 Dizem que o Prefeito era de Baldim...

GERALDO LEMOS
Ainda na casa do Compadre Geraldo Lemos, quando numa noite de frio intenso, ele ficou com muita raiva, pediu a esposa que lhe cobrisse com todos os cobertores que tinham na casa, ela fez e depois de bem embrulhado ele disse:
"- Célia, abre as portas e as janelas e manda o frio vim topá com 'GerarLemo'! (Prof. Ton)

OUTRA DO GERALDO LEMOS
Outra também do tempo de frio, foi um dia de manhã eu cheguei na casa dele (Compadre Geraldo Lemos) e ele com um cobertor e à beira do fogão com o fogo aceso. Eu perguntei:
- Uai Geraldo, isso tudo é frio?
E ele bem matreiro respondeu:
- Não, mumcado é cobertor!
- Fazer o que? (Prof. Ton)

 MILTON
Milton Furbino Bretas, vulgo Miltinho da Fábrica de Doce, humorista profissional e empresário nas horas vagas. Milton disse que quando nasceu o nome dele já foi um fato consumado. A mãe, quando viu tanta beleza, falou pro pai:
 __ Modesto, o nome desse menino tem que começar com M de Maravilhoso e terminar com N de Notável.
O pai completou:
__ Vamos colocar um LI de Lindo e TO de Bonito.
Assim, formou-se o nome: MILTON. (Prof.Ton)

MILTON DARWIN
Milton Furbino Bretas, nosso pensador, já tem uma teoria formada para a origem e perpetuação da espécie humana que contradiz o Criacionismo  (segundo ele, Adão e Eva só tiveram Caim e Abel e mesmo assim Caim matou o irmão) e o Evolucionismo ( o macaco ter o mesmo ancestral que o homem é impossível, senão o macaco não aceitava ficar no mato, iria viver na favela ou numa cobertura na Savassi)  E, já que é o homem quem domina o ar ele deve ser descendente de uma ave. Mas, o homem também domina a água e a terra, então o homem deve ser descendente de um anfíbio.  Milton então descobriu a origem da humanidade. O que garantiu a preservação da espécie humana foi o cruzamento de uma ave com um anfíbio. E somente depois de muito pensar descobriu que é o cruzamento da rolinha com a perereca. (Prof. Ton)

MAIS GERALDO LEMOS
Uma boa do Geraldo Lemos, foi quando uma noite ele estava na rua e uma das moças lá do Jardim das Flores(como era chamado o cabaré, antigamente em Baldim), veio à rua toda arrumada, estava com um vestido vermelho muito chamativo, decotado, justinho, tava chamando a atenção. Quando ela passou o Geraldo Lemos mais que depressa comentou:
- Esse vestido vermeio tá bonito dimais!
A moça, nada educada desfez do Geraldo, respondendo que não era pro bico dele. Ele não se fez de rogado e respondeu no ato:
- Cê tá enganada, eu agradei foi só das arriata, num foi da égua não!
(Prof. Ton) 

CAUSO DO MILITÃO
Caso engraçado, quem me contou foi o Geraldo Militão. O Geraldo Militão tinha um jipe e fazia então as vezes de táxi em Baldim. Certa tarde, chegou até ele o Zé Miúdo, celeiro afamado (profissional que trabalhava com sola, fazendo arreios, e artefatos para a lida com gado e cavalos) , querendo que o Geraldo o levasse até a fazenda do sô Zé Barbosa, pois ele, Zé Miúdo, viúvo, estava de namoro e casamento marcado com a Maria (que ainda vive e mora na mesma casa na Rua João Luis). Geraldo fez a corrida, só que antes de chegar na fazendo tinha uma tronqueira ( porteira feita de arame farpado) e no momento em que o sô Zé Miúdo desceu do jipe para abrir a tronqueira , chovia um pouco, ele desceu do jipe, abriu a tronqueira e a chuva caindo e molhando ele todo, na tentativa de andar mais rápido os arames da tronqueira embaraçaram e ele nem percebeu, quando o jipe passou e ele foi fechar a tronqueira, quem disse que ela alcançava o poste para abotoar, ele puxava, esforçava e não via que estava embaraçada, já molhado e com muita raiva jogou ela pro canto da estrada, o Militão questionando o que havia acontecido, ele respondeu com ar de quem não queria render conversa:_ Acho que com a chuva esta diaba incolheu(Prof. Ton)

GERALDO CABRITO, O FULIÃO
Geraldo Fernandes, também conhecido como Geraldo Cabrito, era um folião dos mais animados que existiu em Baldim. Sua figura ficou no imaginário das crianças daquela época com sua farda toda branca e seu chapéu enorme, cheio de espelhos e fitas. Ele e a esposa moravam numa casa que ainda existe, atrás da Quadra de esportes. Moravam só os dois lá. Ele bebia muito.Um dia, ela foi buscar lenha, caiu numa grota e quebrou a perna. Geraldo Cabrito, bêbedo, não viu que ela não voltou pra casa. No dia seguinte, é que ele foi procurar por ela. Ela tinha que ser removida para Sete Lagoas. Naquele tempo não havia ambulância na cidade. Antes de procurar um carro ele passou pelo Bar do meu pai, o Domingos Barbosa, e disse:
__ Óia, se a Maria não tivesse quebrado a perna, era só nóis ir andano mermo divagarin, que nóis chegava lá em Sete Lagoas, inhante deu arranjá um carro praí. (Prof.Ton)


Antiga casa de Zé Torres
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ZÉ TORRES, O MENTIROSO
O Sô Zé Torres era famoso na cidade pelos causos engraçados, pelas mentiras exageradas e pelo seu jeito espirituoso de responder as perguntas. Ele sempre tinha uma resposta pronta, na ponta da língua. Uma tarde, voltava ele do serviço e passando pela praça, encontrou uma turma de amigos. Um deles gritou de longe: __ Ei, Zé Torres, vem cá contar uma mintira pra nós! E a turma deu aquela risada, já adivinhando o que vinha por aí. Zé Torres se aproximou, andando rápido,olhando pro chão, com a cara fechada, chegou perto do Chico de Assis e falou: __Óia, eu hoje num tô pra brincadeira, não. Eu tô vindo do serviço e já vinha imaginando cumé que eu ia te dar esta notícia. Intão, seu açudinho rebentou e sua roça tá lá e ocê tá aí nessa cunversa fiada... Minha Nossa Senhora! disse o Chico, já subindo no cavalo e saindo na disparada. Zé Torres continuou lá, olhando pro chão, com aquela cara de tristeza. Não demorou muito, lá vem o Chico de Assis de volta, na disparada. __ Ô Zé Torres, que história é essa, tá tudo bem lá na roça. __ Uai, ocês me chamaram aqui pra contá uma mintira... eu contei, uai. ( Ione, editora do Blog)

SÔ BENÉ, O VEIÁCO
Agora, caso veiáco é o do Benedito Mendes Linhares, o Sô Bené, o sacristão. Ele foi adotado quando tinha uns nove anos de idade.Quem me contou foi a irmã dele, irmã de D. Belarmina, mãe de José Antonino dos Reis. Depois de alguns anos o marido de D. Virgínia morreu. Sô Bené passou a ocupar o lugar dele até que se casaram e viveram muito e muitos anos casados. A Tia Virginia
falava assim que ele fora um 'veiaco' pulou do canto para a berada da cama. Eu conheci o casal, meu pai vendia leite e todos os dias a gente tinha que entregar o leite para eles, pois já eram idosos, moravam onde hoje é casa do José Lira ( Juiz de Paz), nunca a gente voltava de lá sem um agrado. (Prof.Ton)

 JÚLIA BRÁS, A POLITIQUEIRA
Júlia Brás (já falecida) era irmã do Jaime (o do causo do cemitério) e era extremamente alegre. Vivia rindo pelas ruas de Baldim. Não possuía dentes, tal qual o Jaime.A ausência de dentes também é uma característica de seus irmãos. Certa vez,durante uma eleição para prefeito do município, minhas irmãs Neneca (Carmen) e Laila se encontraram com a Júlia na Praça Emílio de Vasconcelos (no Centro).Vale uma explicação: meu pai, Luis Soares, era fundador do antigo MDB - Movimento Democrático Brasileiro, logo, minha família acompanhava o partido de meu pai. Na época, só existiam o MDB (oposição) e a Arena (partido dos militares e que estava no poder). O bipartidarismo prevalecia no período da última ditadura, iniciada em 1964. Voltando ao caso daquele dia de eleição. Uma de minhas irmãs, brincando com a Júlia, perguntou: __E aí, Júlia, em quem você votou? Júlia, às gargalhadas, mostrando as gengivas rosadas, foi taxativa, com a convicçãode que seu voto não seria revelado: __ Ô, boba! Voto a gente num conta não, inda mais prôcês que são do outro lado. (Luizinho Soares, jornalista)

VEREADOR, SUA EXCELÊNCIA
Que ninguém me chame para testemunhar, pois o relato abaixo, são "causos" que eu ouvi contar. Em uma certa reunião da egrégia Câmara de Baldim, dois Vereadores dos mais dedicados, entraram numa séria discussão devido a um projeto em que ambos tinham opiniões contrárias. Num dado momento, um Vereador se dirigiu ao outro de maneira ofensiva e o Vereador ofendido, respondeu que, infelizmente, agora não mais poderia se calar visto que: – Agora Vossa Excelência ofendeu a minha Excelência!”.  Um deles já falecido, foi um dos grandes políticos de nossa cidade, o outro ainda vive e não mais faz parte do Legislativo. (Prof. Ton)

A TRONQUEIRA
Caso engraçado, quem me contou foi o Geraldo Militão. O Geraldo Militão tinha um jipe e fazia então as vezes de táxi em Baldim. Certa tarde, chegou até ele o Zé Miúdo, celeiro afamado (profissional que trabalhava com sola, fazendo arreios, e artefatos para a lida com gado e cavalos) , querendo que o Geraldo o levasse até a fazenda do sô Zé Barbosa, pois ele, Zé Miúdo, viúvo, estava de namoro e casamento marcado com a Maria (que ainda vive e mora na mesma casa na Rua João Luis). Geraldo fez a corrida, só que antes de chegar na fazendo tinha uma tronqueira ( porteira feita de arame farpado) e no momento em que o sô Zé Miúdo desceu do jipe para abrir a tronqueira , chovia um pouco, ele desceu do jipe, abriu a tronqueira e a chuva caindo e molhando ele todo, na tentativa de andar mais rápido os arames da tronqueira embaraçaram e ele nem percebeu, quando o jipe passou e ele foi fechar a tronqueira, quem disse que ela alcançava o poste para abotoar, ele puxava, esforçava e não via que estava embaraçada, já molhado e com muita raiva jogou ela pro canto da estrada, o Militão questionando o que havia acontecido, ele respondeu com ar de quem não queria render conversa:
_ Acho que com a chuva esta diaba incolheu! (Prof.Ton)

11 comentários:

  1. Que alegria ver o programa sobre Baldim. Dá um sentimento bom saber que temos pessoas como o Marcinho que se preocupam em valorizar a história local. Que emoção ver D. Tereza. A memória afetiva e gustativa de minha infância passa pelos seus doces... Lembro dos bilhetes deixados pelo meu vô quando ia jogar truco: "Fia, tem doce na lata"! Realmente emocionante! Que lindo o coral das crianças. Imagina quantos talentos não temos espalhado por aí... Parabéns! Foi emocionante assistir ao programa. Dalva Maria Soares

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  2. Oi Anônimo, a Festa Junina do Grupo, como é conhecida, começa as 18:00h, do dia 12 de junho, com a quadrilha das crianças. Depois, é só botar lenha na fogueira que a festa vai até o sol raiar, ou não. Depende do frio ou do quentão. Boa Festa pra vc.Obrigada por ficar ligado. Ione

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  3. Oi Anônimo, acredito que neste mês de junho só vai rolar festa junina mesmo, frio, fogueira, canjica, quentão...essas coisas bem típicas e acontecem sempre a noite. Continue acompanhando nosso Blog e se pintar uma festa...vc ficará sabendo.Obrigada por participar. Ione.

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  4. Oi Sonhosa, bom saber também que vc tá aí, acompanhando nossa vidinha boa da roça e se deliciando com a simplicidade das nossas coisas. Baldim na mídia é tudo de bom, né? Já estamos sentindo falta de sua participação com um texto para o nosso post Cultura Popular. Fique á vontade, escolha um tema e escreva.Bjs. Ione.

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  5. Muito legal o programa Viação Cipó sobre Baldim. Não pude vê-lo na Alterosa, pois estava na missa, mas baixei-o do sítio do programa. Aquela receita de doce é idêntica ao que minha saudosa mãe Raimunda (prima do Domingos Barbosa) fazia. Que delícia! E que saudade!...

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  6. ola, gostaria de saber se este ano vai ter a festa do doce na cidade,e se tem site de alguma pousada da cidade para eu ver.

    Obrigada

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  7. Oi Ernane, muito bom ver nossa cidade em evidência, pessoas e coisas simples do interior sendo valorizadas. Uma volta ao passado não faz mal a ninguém, muito menos pelo contrário,como diria o bom mineiro, não dá pra viver de saudosismo, mas que dá uma boa pausa nessa onda de celebridades e afins...lá isso dá. Obrigada por continuar ligado.Ione.

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  8. Oi me chamo celio moro em Torino Italia e sigo sempre as noticias da minha querida terra que e Baldim gostaria muito de saber mais coisas e historias dai meus sinceros parabens a todos que lavoram ai no blog bjs a todos ate mais estarei sempre de olho nas novidades

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  9. Oi Celio, vc é um seguidor especial deste Blog, porque foi um dos primeiro comentários que recebemos. O fato de estar longe de sua terra também o faz especial, tanto que vou deixá-lo á vontade pra dar sugestões ou dicas de assuntos que vc gostaria de saber da sua terra, causos e coisas antigas ou atuais. Obrigada por estar sempre ligado.Ione.

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  10. Oi Anônimo, infelizmente, por enquanto não temos nada pra divulgar sobre a Festa do Doce de Baldim, nem sabemos ao certo se vai acontecer este ano. È lamentável que os organizadores desta festa não percebam como ela é importante pra divulgar a cidade e vender seus produtos.Aí, vai ficar evidente que a Festa do Doce virou questão política, como sempre acontece, o povo nas mãos de uma minoria.Continue acompanhando nosso Blog para mais informações. Quanto as pousadas, acesse: http://www.tiasalete.com.br e no You Tube digite: Pousada Moendas Baldim MG. Mais informações no Post 4, Onde comer e dormir.Obrigada pela participação. Ione.

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  11. Caso engraçado, quem me contou foi o Geraldo Militão. O Geraldo Militão tinha um jipe e fazia então as vezes de táxi em Baldim. Certa tarde, chegou até ele o Zé Miúdo, celeiro afamado (profissional que trabalhava com sola, fazendo arreios, e artefatos para a lida com gado e cavalos) , querendo que o Geraldo o levasse até a fazenda do sô Zé Barbosa, pois ele, Zé Miúdo, viúvo, estava de namoro e casamento marcado com a Maria (que ainda vive e mora na mesma casa na Rua João Luis). Geraldo fez a corrida, só que antes de chegar na fazendo tinha uma tronqueira ( porteira feita de arame farpado) e no momento em que o sô Zé Miúdo desceu do jipe para abrir a tronqueira , chovia um pouco, ele desceu do jipe, abriu a tronqueira e a chuva caindo e molhando ele todo, na tentativa de andar mais rápido os arames da tronqueira embaraçaram e ele nem percebeu, quando o jipe passou e ele foi fechar a tronqueira, quem disse que ela alcançava o poste para abotoar, ele puxava, esforçava e não via que estava embaraçada, já molhado e com muita raiva jogou ela pro canto da estrada, o Militão questionando o que havia acontecido, ele respondeu com ar de quem não queria render conversa:
    _ Acho que com a chuva esta diaba incolheu!
    Ton

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