BALDIM.

BALDIM.

sábado, 24 de abril de 2010

CAUSOS VERDADE


 Gruta do Sumidouro -Baldim
Foto by Internet
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O CAUSO DA BICICLETA DE MADEIRA
 O mundo viveu um período de carestia e falta de materiais no período da Segunda Guerra Mundial e nos anos subsequentes ao conflito. E o Brasil também sofreu com a conjuntura mundial que impedia um comércio e uma industrialização mais eficientes. Neste contexto, lá pelos anos 40, existia um rapaz que vivia no Sumidouro do Rótulo e que era maluco para adquirir um bicicleta. Quem tinha uma dessas máquinas não a vendia por dinheiro nenhum deste mundo. Comprar uma bicicleta era um penar sem tamanho, já que o produto era importado (a marca mais famosa e predominante era a Philips)e não existia unidades para pronta entrega. O rapaz do Sumidouro era o Pedro Dias do Nascimento, muito tranquilo, de uma prosa boa, em que as palavras "delatavam" a ser expressas. Junto a estas características, Pedro Dias, filho de Joaquim Dias, demonstrava alto grau de inteligência e muita capacidade de manusear ferramentas, tanto no trato da madeira quanto nos ofícios de ferreiro e soldador. Cansado de tentar em vão comprar uma bicicleta, a paixão do jovem do Sumidouro do Rótulo, Pedro desafiou seus amigos afirmando que em uma semana ele passaria na Vila com uma dessas máquinas. Pedro morava em uma fazenda perto do povoado, local onde mantinha sua oficina e conseguia as maiores proezas para aquelas condições técnicas. Sem nunca ter tido uma bicicleta como modelo, Pedro Dias usou toda sua capacidade inventiva e, para a surpresa de todos, no domingo imediato, os moradores do Sumidouro viram Pedro aparecer com uma engenhoca de duas rodas, estrada a fora, desafiando a gravidade e calando quem dele duvidou. Não era uma bicicleta convencional, já que possuía quase a totalidade em madeira, mas se locomovia com os movimentos dos pedais. Pedro Dias venceu o desafio. Mais tarde, Pedro adquiriu uma bicicleta de 'verdade', automóvel e se tornou vereador em Baldim. Alguns de seus filhos e irmãos ainda moram no Sumidouro. Hoje, já falecido, resta a saudade do Pedro Dias do Nascimento e sua bicicleta de madeira. Não cheguei a conhecer a bicicleta, mas o Sr. Pedro Dias era muito amigo de minha família. (Luizinho Soares, jornalista)


 MODÉSTIA MINEIRA
Estive em Roma há pouco tempo e ao visitar a Catedral de São Pedro fiquei abismado ao ver uma coluna de mármore com um telefone de ouro em cima. Vendo um jovem padre que passava pelo local perguntei a razão daquela ostentação. O padre então me disse que aquele telefone estava ligado a uma linha direta com o paraíso e que se eu quisesse fazer uma ligação eu teria de pagar 100 euros. Fiquei tentado, porém não aceitei a oferta. Continuando a viagem pela Itália encontrei outras igrejas com o mesmo telefone de ouro na coluna de mármore. Em cada uma das ocasiões perguntei a razão da existência e a resposta era sempre a mesma: Linha direta com o paraíso ao custo de 100 euros a ligação. Depois da Itália, chegando ao Brasil, fui direto para Baldim. Ao visitar a nossa gloriosa Igreja São Bernardo, fiquei surpreso ao ver novamente a mesma cena: uma coluna de mármore com um telefone de ouro. Sob o telefone um cartaz que dizia: Linha direta com o Paraíso, ligação ao custo de = R$ 0,25 ( vinte e cinco centavos ). Não me agüentei, e lasquei: Padre, viajei por toda a Itália e em todas as catedrais que visitei vi telefones exatamente iguais a este, mas o preço da chamada era 100 euros. Por que aqui é somente R$ 25 centavos? O Padre sorriu e disse: Meu amigo, você está em Baldim, Minas Gerais. Aqui a ligação é local. O Paraíso é aqui... (enviado por Ton )

Causo verídico ( ou seria venérico) do Geraldo Lemes.
Quando em Baldim tinha campo de aviação, foi isturdia mermo, alí onde hoje é o terreno da Neuz ou da D. Téia, um Teco-Teco, tava fazeno gracinha e deu defeito e teve que aposar lá na barra do Corgo Grande. Meu cumpade, Geraldo Lemes, viu o acontecido, muntô na eguinha e foi lá pra perto. Chegano lá, apiô e ficou de cócora, sentado nos carcanhá, observano o piloto, que mexia dum lado pro ôtro. Ele tentava impurrá o teco-teco, pra vê se achava um lugar dele levantar vôo dinovo... e o cumpade lá, só oiano. Uma hora o piloto apelô e gritou brabo mermo, com o cumpade:
- Cumé quié, ocê aí, nunca viu avião não?
O cumpade Geraldo Lemes, calmim respondeu:
Atolado é a premera vez!
(enviado por Ton)

sábado, 17 de abril de 2010

GRANDES FAMÍLIAS





 Vevete, jornal Estado de Minas
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VEVETE, UMA LIÇÃO DE LONGA VIDA
Gina, filha do Nonô, de Vevete, conta a história do seu avô, Vevete, com imenso carinho,  uma lição de longa vida, cheia de muito amor e de bom humor: 
 - Vovô Vevete era brincalhão. Sempre tirava um cochilo  depois do almoço e fazia  exercício físicos. Tomava uma cervejinha de vez em quando. Jogava sempre uma queda de baralho,(escopa) e adorava jogar Damas. Sempre lá, na sua vendinha (a Venda do Vevete).Viveu muitas coisas, viu escravos quando criança, assistiu o homem pisar na lua.Viveu a ditadura e a democracia. Foi Juiz de Paz, pai de 13 filhos muitos netos e bisnetos. Casou-se só uma vez com Manoela Alves Rodrigues, a D.Nenela, que lhe deu os seus 13 filhos. Uma vez ele me disse que não se surpreendia com mais nada pois já havia vivido muita coisa. Ele me falou  que só sentia ver seus netos e sobrinhos irem antes de dele. Me disse também que não guardava rancor e não gastava o tempo pensando em coisa ruins  “o que passou passou , não adianta ficar remoendo. “Aos 92 anos fez uma cirurgia de catarata e voltou a ver normalmente. Se alguém fosse lhe fazer uma visita a primeira coisa que ele dizia era: -  Entra aí, vai lá dentro, que  tem doce ou tem almoço pronto. Homem simples nunca se importou com o luxo, mas sempre fez questão de ter muita “fartura” na comida. Esperou a chegada do ano 2000 ansioso, pois ele era do tempo em que se dizia que o mundo acabaria neste ano. Na data de 31 de Dezembro de 1999 ele completou seus 104 anos, ficou admirado de nada ter acontecido. A foto abaixo, do Vovô Vevete,  foi feita pelo Jornal Estado de Minas, com o  jogador Piazza, do Cruzeiro. Vovô Vevete foi o  torcedor mais velho do time do Cruzeiro. Ele morreu 6 meses depois, em  28 de julho de 2000, feliz, e sem querer dar trabalho ao outros.Uma bela data para alguém que acreditava que o ano 2000 talvez não chegaria.   Vovô Vevete era um homem muito especial, destes que só  vemos em livros. Espero que possam tirar uma historia dessa minha narrativa, falo com a visão de neta e, se continuasse falando, virava a noite. Todos nós temos muito carinho pela memória dele, quem não conheceu Silvestre Papa Silva, o Vovô Vevete?



 Piaza (ex-jogador do Cruzeiro) e Vevete
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GRANDES FAMÍLIAS
Solicitamos aos familiares das pessoas citadas aqui que escrevam suas histórias e mandem para o Blog. Estamos contando as histórias das grandes famílias do município de Baldim.
Vevete - 12 filhos
Zifino - 21 filhos
Tuvin - 16 filhos
Mundango - 14 filhos
Geraldo Retratista - 10 filhos

quarta-feira, 7 de abril de 2010

FESTA DO DOCE



Festa do Doce de Baldim
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FESTA DO DOCE

A foto acima é da Festa do Doce de Baldim. Cadê a Festa do Doce? Acabou? Por que? Faltou o quê? Liderança? União? Projetos? Apoio? A Festa do Doce é uma festa popular, deveria ser uma festa para unir os interesses do povo, de incentivar o turismo pra cidade, independente de preconceitos, de política. São 12 Fábricas de Doces no município de Baldim, gerando 500 empregos diretos, absorvendo a produção de frutas e parte da produção do leite produzido na região. A Festa do Doce pode se tornar uma referência para a cidade de Baldim como é a Festa de Agosto. O Turismo está aí tão perto, passando na nossa porta, na Estrada Real...na Serra do Cipó... no Circuito das Grutas... nas Trilhas... na proximidade com a capital do Estado. Somos uma gente hospitaleira que sabe receber parentes e amigos. Acorda, minha gente, que atrás vem gente! Vamos pensar grande, vamos fazer uma política inteligente, para o bem de todos. Como bons mineiros, temos a faca e o queijo nas mãos. Esperando o quê ? O trem passar? Deixo aqui a palavra pra quem quiser se manifestar sobre o assunto. (Ione, editora do Blog)

UM FAZ, O OUTRO DESMANCHA


Acho que faltou vontade, como sempre aqui em Baldim o que um prefeito faz o outro desmancha, essa história já tem mais de 50 anos, entra prefeito sai prefeito, ambos partidos sempre acabam com o que o outro fez. (Anônimo)


POLÍTICA DOS CORONÉIS

Intão, é isso aí, é a antiga "política dos coronéis", só mudou de nome, hoje é a "política das placas", das vaidades. Todos querem virar celebridade. Enquanto a Educação e a Saúde não forem prioridades e o povo continuar nessa "mesmice"...vai ficar como está. Obrigada pelo comentário. (Ione, editora do Blog)

A FACA E O QUEIJO
Sem dúvida, como você disse, a faca e o queijo estão nas mãos e, digo mais, a excelente goiabada cascão e doces diversos e deliciosos produzidos em Baldim e São Vicente, minha terra querida. Foi boa a chamada! É hora de sensibilizar as pessoas para reviver essa importante festa.(Ernane Duarte Nunes)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

MULHERES NOTÁVEIS




Crianças da Pastoral
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PARTEIRA ALAÍDE
Estamos falando da nossa parteira, D. Alaíde Batista Alves, 82 anos, nascida em Jaboticatubas, mas morando há tantos anos em Baldim que, sabe-se que ela já fez aqui partos de 3 gerações, um número incontável de partos, já que, aos 9 anos de idade, ela já ajudava sua mãe, D. Jovelina Alves, também parteira. Aos 15 anos, ela já fazia os partos sozinha. 

DINDINHA ALAÍDE



Apesar da idade avançada, D. Alaíde ainda é procurada pelas mães da região, para dar uma "olhadinha" e ver se tá tudo bem. Ela ainda mantém em sua casa, o espaço equipado para receber as mães que vem de fora da cidade. D. Alaíde, com toda humildade, diz que nunca perdeu um bebê que nasceu pelas suas mãos abençoadas. Nossa, que bacana a homenagem linda feita a dindinha Alaíde. É assim, que todos na minha casa  chamam a D.Alaíde. Na minha casa todos nasceram pela sua mão abençoada dela. Acho muito legal, quando alguém me pergunta em qual hospital eu nasci...ai, eu falo: - nasci na casa da dindinha Alaíde...rsrs. Tem gente que acho meio estranho, mas para nós ela será uma pessoa jamais esquecida. Paula

MAIS PARTEIRAS
Por falar em parteiras, não podemos deixar de citar Dona Zezé, esposa do Sr. Geraldo Barbosa, pais de Domingos, João Bodocão, Joaquim e Maria Eustáquia. Pelas mãos dela chegou ao mundo meu irmão Humberto Soares. (Luizinho Soares)



 Enfermeira Marivone na Pastoral da Criança - Baldim
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AS PARTEIRAS - SÃO VICENTE
A parteira campeã em São Vicente foi a Doninha, mãe da Cleci, conhecida enfermeira que trabalhou no antigo Hospital de Baldim. Ela fez todos os 10 partos da minha mãe, Helena Abreu, e eu, sendo a segunda filha, acompanhava assustada, os partos dos meus irmãos menores. Se acontecia durante a noite, era mágico, a gente acordava de manhã e lá estava mais um irmãozinho no colo da mamãe. Tudo acontecia tão discretamente que não se ouvia nada. Ninguém se atrevia a fazer perguntas sobre aquela magia. Se acontecia durante o dia... aí era um "Deus nos acuda"e quebrada a rotina com um passeio com as crianças que só voltavam depois da chegada do nenem.
 A parteira Doninha voltava em casa todos os dias, durante 7 dias ou até que caísse o umbigo, pra dar banho no nenen, um ritual que todos os irmãos acompanhavam de perto. A mamãe ficava de "resguardo" durante 40 dias, tomando "Sopa de galinha com pirão de farinha", cerveja preta e canjica pra dar bastante leite pro nenen. Coisas de antigamente...








 Mulheres cortando capim
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AS MENINAS DO BOTAFOGO
Na foto acima as Mulheres de Botafogo carregam o caminhão de capim que elas mesmas cortaram, numa manhã de sábado, do dia 31/01/2010, no Sítio de João Torres, em Baldim. Nunca falta serviço para as meninas do povoado de Botafogo. Elas tem preferência sobre os homens nos contratos de serviço. Por que? Porque elas produzem mais do que os homens.


 Ana Amélia, Dora, Wanderleide e Nélia 
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MULHERES DA PESADA
As trabalhadoras rurais, Ana Amélia, Dora, Wanderleide e Nélia cortam capim e carregam o caminhão, batem pasto, fazem todo tipo de trabalho agrícola. Elas são filhas de João Gonçalves, moram no Povoado de Botafogo e trabalham como diaristas, a 25 reais por dia. Elas frequentaram a Escola, são mulheres respeitadas e ativas no Povoado e procuradas para resolver problemas da comunidade. Em rápida conversa no local de trabalho (para não atrazar o serviço) soube que uma delas sustenta dois filhos, três delas são irmãs e trabalham desde jovens. Perguntei se elas se interessam por política, que poderiam se candidatar a vereadora... para ajudar mais a comunidade... elas se olharam, sorriram mas não responderam. Achei que a hora e o lugar não eram oportunos para conhecê-las melhor. Voltaremos a falar delas aqui. Mulheres notáveis! (Ione, editora do Blog)

AS MULHERES NOTÁVEIS DE BALDIM


- Ana Amélia, de Botafogo, trabalhadora rural, diarista, mãe de 2 filhos,
- Wanderleide, de Botafogo, trabalhadora rural, diarista,
- Dora, de Botafogo, trabalhadora rural, diarista,
- Nélia, de Botafogo, trabalhadora rural, diarista,
- Sá Mestra, de Vila amanda, primeira professora de Vila Amanda, dava aulas em sua própria casa e recebia comida, como pagamento das aulas, um frango, um pacote de feijão, qualquer coisa disponível em casa.
- D. Alaíde, de Baldim, parteira, aos 80 anos, ainda é consultada, fez partos de 3 gerações, começou com 15 anos, ajudando sua mãe, também parteira.
- Vanilde - fundadora do Clube dos Diabéticos e militante incansável na área da Saúde.
- Edna Reis - voluntária para todos os Eventos na comuidade.

D. ALAÍDE, A PARTEIRA MAIS ANTIGA